domingo, 24 de outubro de 2010

OUTRA DICA DE LEITURA - TAMBÉM DO SALÃO DO LIVRO

Capitulo 3 - Geração Eletrônica

(Por Lilian Moreira Gualda)


Olá,


Os vídeos referentes ao capítulo 3 estão hospedados nos seguintes links:



(Lilian M. Gualda, Julio Cesar Gonçalves, João Pucci Neto)

DICA: SALÃO DO LIVRO EM PRESIDENTE PRUDENTE

Por Julio C. Gonçalves

Sempre critiquei a sociedade prudentina que acolhe grandes universidades, mas não comporta livrarias (em quatro anos de vivência aqui na cidade, vi três livrarias fecharem as portas e o único sebo da cidade é bastante precário). Isso pode demonstrar que a população lê pouco, ou, pelo menos, não alimenta esse hábito.
Sem querer fazer propaganda do evento (embora valha a pena fazê-lo), achei a iniciativa dos organizadores muito pertinente - acredito que é assim que as ações transformam-se em hábitos e, posteriormente em costumes e tradições.
Fui visitar o salão do livro no IBC. Apesar de achar um pouco fraco, com stands de poucas editoras de renome, fiz alguns achados. Encontrei dois livros que meu orientador havia me indicado a leitura (um de R$36,00 e o outro de R$ 36,50) pela bagatela de R$5,00 reais cada. De quebra também encontrei um sobre a temática das discussões que temos feito em sala de aula: "Eu era assim: infância, cultura e consumismo" - Flávio Paiva. Não conheço o autor, mas o sumário do livro me chamou a atenção: 1. INFÂNCIA E CONSUMISMO (enfoque sobre a sociedade do consumo e as propagandas abusivas contra a criança); 2. A PEDAGOGIA LOBATIANA (algumas reflexões sobre cultura lúdica na biblioteca, mais especificamente a partir das obras de Monteiro Lobato); 3. A PERNA INVISÍVEL DA CULTURA (alguns ícones do imaginário infantil que perpassam a cultura - mitos e lendas - saci pererê) e, 4. O TEMPO DAS HISTÓRIAS INFANTIS (literatura infanto-juvenil no Brasil e o encurtamento da infância). O autor termina sua obra com uma entrevista com a educadora Maria Amélia Pereira.

O valor do livro??? Mais um achado!!! R$ 5,00.
Aproveitem o último dia do salão do livro! Abraço a todos.


Clique no link abaixo para ler uma crônica literária que fiz sobre a Bienal do Livro:
http://sociologianomundo.blogspot.com/2010/09/uma-cronica-literaria.html

sábado, 16 de outubro de 2010

Vídeos - Apresentação do cap. Infância em Mudança

(por Danielle e José Eduardo)

Olá pessoal,
os links para os vídeos são:

Dove Onslaught (Propaganda)
http://www.youtube.com/watch?v=INwpQHKvvRI

Dove Onslaught(er)
http://www.youtube.com/watch?v=odI7pQFyjso

"O lazer das crianças tornou-se muito mais "curricularizado" e voltado para o consumo, nem sempre sendo fácil identificar a diferença entre os dois. Por conta disso, a "infância" - ou pelo menos o período de dependência da criança do adulto - está aumentando e não diminuindo. As crianças, ao que parece, não querem mais ser crianças, daí precisamos cada vez mais e encorajá-las a sê-lo". (Buckingham, 2007, p. 111)

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Mídia: Heroína ou Bandida? (Por José Eduardo Lanuti)


Apesar da pouca fundamentação teórica que tenho, creio que posso opinar a respeito da relação das mídias com a sociedade, pois os meios de comunicação se fazem presentes e necessários constantemente na nossa vida diária, inclusive para a escrita deste.
            Deparei-me essa semana com um texto de Monique Oliveira da revista ISTOÉ (setembro / 2010).
“O público infantil está mais exigente, inclusive no consumo. Dá pra ‘culpar’ a publicidade excessiva ou o mimo dos pais”. (p. 129)
O trecho que citei me chamou a atenção. O “empurra – empurra” em busca de encontrar um ou alguns culpados continua... Mas cadê as soluções?
Talvez os problemas relacionados aos meios de comunicação estejam mais ligados ao uso que fazemos das informações que obtemos do que aos meios propriamente ditos.
Tanto os pais quanto os professores podem utilizar os recursos tecnológicos para educar. Orientar a criança a discernir o que é bom ou não em relação às informações que chegam instantaneamente a cada uma, seja por meio da internet, tv, rádio, revistas...

OROZCO (1997) diz: “As crianças passam mais horas em frente a televisão do que em frente ao quadro-negro na aula”. Negar isso é negar todo avanço tecnológico que trouxe inúmeros benefícios ao desenvolvimento humano, como Rodrigo Camilo disse.
O sensacionalismo da mídia, por exemplo, pode ser usado  para formar uma opinião crítica, através de uma leitura reflexiva e discussão.O indivíduo não deve ser apenas um ser letrado. É necessário ser um cidadão crítico, conhecedor e questionador.
“Neste sentido, a mídia-educação seria então o processo de ensino e aprendizagem através dos meios de comunicação, o que nunca deve ser confundido com um ensino sobre ou com os meios”. CUNHA (2006)
O que não se pode jamais deixar de evidenciar são os benefícios que os recursos tecnológicos nos proporcionam. Afinal, vivemos literalmente na Idade Mídia. Certo?

Vídeo: Cultura Lúdica, Mídias e Práticas Educativas (Por: Nair Azevedo)

Também disponível no link:
http://www.youtube.com/watch?v=6_KB8AV0woc

Abraços.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Para "continuar" a conversa... (Rodrigo Camilo)

As perguntas que o Júlio deixou ao final de seu comentário sintetizam grande parte das inquietudes que apresentamos em nossas discussões quinzenais. Sobre a primeira questão, não considero o termo "culpar" (no sentido de incriminar) o termo mais adequado, mas sim a palavra "responsável". Compartilho da idéia de que as mídias são sim responsáveis pelas discórdias  entre as teorias e visões na atualidade, inclusive de outras épocas, mas vejo isso positivamente. São as mídias (faço menção aos diversos meios de comunicação além das mídias eletrônicas) que possibilitam um espaço de comunicação e confronto de idéias. Negar isso, ao meu ver, é negar todo avanço tecnológico que proporcionou inúmeros benefícios ao desenvolvimento humano. O problema talvez esteja no uso dessas mídias, quando deslocadas de uma posição de veiculação de conhecimentos e aproximação de pessoas para uma utilização voltada à manipulação política e ideológica por parte de grupos minoritários. Com essa afirmação, parto para a segunda questão (mais complexa), sobre a qual não tenho respostas devido as minhas limitações teóricas, mas gostaria de contribuir com algumas considerações. É fato que as mídias eletrônicas proliferam em diversos lugares, transpondo classes sociais e perímetros rurais e urbanos, principalmente no contexto das novas gerações - crianças e adolescentes. A aproximação com essas mídias, que se tornam mais intensas e em grande parte dos casos superam em tempo a relação com a família e com a escola, alimentam os processos de significação e representação da sociedade desses jovens. O problema se estabelece a partir do momento em que se reconhece que os objetivos primários das mensagens midiáticas (incluo aqui desde programas televisivos, embalagens de produtos, promoções, outdoors, etc.) que são compartilhados com esses jovens não são necessariamente educacionais e voltados para o esclarecimento. Vejo essas mensagens  mais vinculadas a uma lógica mercadológica e "formação" do consumidor (formação no sentido de incitar ao consumo e não conscientizar) do que para o esclarecimento e formação cultural dos sujeitos/receptores, ou ingenuamente para oferecer um repertório lúdico ao imaginário das crianças e suas brincadeiras. Acredito também que a cultura discutida em classe do "ter/parecer" ao invés do "ser" tenha como grande corroborador o uso empresarial que se tem feito das mídias em grande escala. Talvez as novas tecnologicas digitais domésticas que permitem a produção e veiculação de audiovisuais estejam possibilitando um perspectiva de relação com as mídias que fuja desse enquadramento. Aí está uma questão ética que deve ser problematizada na escola. Um "repensar" como a Danielle colocou e que deva superar o jogo de "empurra-empurra" assumindo a escola seu papel como instituição encarregada de propor essas reflexões e possibilitar atitudes mais críticas dos alunos que se relacionam com essas mídias.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Ecossistema Comunicativo


Observamos que o mundo contemporâneo exige, da sociedade como um todo, um repensar. E o repensar da escola implica, acima de tudo, em analisar o papel dos recursos tecnológicos e digitais, que oferecem novas alternativas para que os atores escolares (estou falando aqui, principalmente, de professores e alunos), interajam, comuniquem-se e expressem seus pensamentos. Porém, essa análise na prática requer que a própria escola diversifique suas formas de concepção do que é aprender, que, nesse movimento, implica em AÇÃO!

E tal ação expressa pelas vias da comunicação, traz infinitas possibilidades de sua realização em diferentes contextos e com as mais diferentes mídias.

Aprecio e compartilho com todos a afirmativa de Moraes (2000), que define a intervenção pedagógica nesse novo processo sob o enfoque sistêmico e autopoiético, caracterizando-se como um processo comunicacional, conversacional, de co-construção, cujo objetivo é abrir e facilitar o diálogo e desenvolver a negociação significativa de processos e conteúdos a serem trabalhados, bem como incentivar a construção de um saber contextualizado, baseado na interação professor/aluno.

Penso que é disso que Martín-Barbero, citado por Gómez, quer dizer quando nos traz o conceito de ecossistema comunicativo, movimento que implica em práticas que produzam possibilidades diferenciadas de aprendizagem, e onde a sala de aula se transforme em espaço para o diálogo e, principalmente, de interação múltipla!

Portanto, a escola precisa, com urgência, de elaborar estratégias para dar condições para que o aluno desenvolva suas reais potencialidades. Nesse sentido, são essenciais a conscientização e o trabalho integrado, que só serão proporcionados com um constante processo de formação continuada em serviço, ou seja, na ação, ultrapassando os limites da transmissão de informações, chegando no mais íntimo do ser de um aluno que, como qualquer outra pessoa, merece ser formado para aflorar seu caráter, personalidade e competência.
Tenho pensado MUITO sobre isso, e o conceito de Martín-Barbero me deixou muito instigada em pensar ainda mais!

Vamos construir esse pensamento juntos?

Postado por Danielle Santos

domingo, 3 de outubro de 2010

PRA COMEÇO DE CONVERSA!!!


Para iniciarmos as discussões... (Por Julio C. Gonçalves)

Percebo que das grandes dificuldades que a educação vem passando, neste período de crise ética e de crise na ética, nenhuma se mostra tão paradoxal quanto a do "jogo do empurra-empurra", na tentativa de encontrar um culpado pela situação atual.
ZIRALDO
Ora, às vezes o discurso é de culpar os pais por serem "rédeas soltas", permissivos demais na educação dos filhos; às vezes o discurso de culpabilidade pende para o lado dos professores e das instituições formadoras que "mal-forma" os profissionais para as funções a que se propõem; às vezes são as condições socioeconômicas dos sujeitos em questão, enfim... 
Parece-me (a partir dos discursos diversos e de tantas teorias divergentes), que o educando é um sujeito desconhecido por todos.
Será que podemos/devemos culpar também as mídias por este fenômeno causador de tamanha discórdia entre as teorias e visões que temos visto ultimamente? Que relação têm as mídias com a educabilidade das nossas crianças atualmente?